Segundo a publicação, os japoneses identificaram uma forma de produzir clones saudáveis com uma sobrevida normal, equivalente à dos ratinhos não clonados, e em número indefinido. Os cientistas utilizaram o material genético de um doador original e realizaram outras 25 rodadas de clonagens consecutivas.
O feito conquistado pelos cientistas é de extrema importância, pois, desde a ovelha Dolly, os entusiastas da clonagem foram testemunhas de uma série de fraudes científicas relacionados à técnica, assim como inúmeras dificuldades em produzir espécimes saudáveis e sem anomalias. Além disso, também existia a dificuldade de produzir mais do que dois ou três clones a partir de um animal original.
Re-clonagemPara conseguir quebrar essa barreira, os geneticistas japoneses utilizaram um óvulo de ratinho — ou ratinha —, esvaziando o seu conteúdo e introduzindo o material genético do animal a ser clonado. Depois, essa célula era deixada em uma solução composta por um bloqueador enzimático capaz de “resetar” o núcleo celular e fazer com que ele retornasse ao seu estado embrionário.
Todos os embriões resultantes eram fêmeas, e apresentavam menos anomalias nas histonas, que são as estruturas nas quais o DNA se enrola — os geneticistas acreditam que essa diminuição nas deformidades é a razão pela qual eles conseguiram produzir tantas cópias. Os cientistas acreditam que a técnica poderia ajudar fazendeiros a produzir animais de alta qualidade ou, ainda, para clonar espécies ameaçadas de extinção.
A equipe deve iniciar novos experimentos em breve, utilizando o material genético extraído a partir de pelos, excrementos e até animais empalhados em museus. Se a técnica funcionar, quem sabe os geneticistas não conseguem reproduzir animais que foram extintos há muito e muitos anos?
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